UNIDADES DE DESIDRATAÇÃO DE GÁS NATURAL E A CONSEQUÊNCIA DE SUA INEFICIÊNCIA EM UNIDADES DE PRODUÇÃO OFF-SHORE

Resumo

No processamento do petróleo em unidades offshore, cada fluido proveniente dos
poços produtores como o óleo, o gás e a água são tratados de forma a atender aos
requisitos legais, normativos e técnicos. Frente às prospecções extremamente positivas
em relação ao aumento de produção de gás natural brasileiro com a recente descoberta
da Bacia Sergipe-Alagoas, atender aos requisitos técnicos de umidade no gás natural e
minimizar os riscos inerente a ineficiência destes sistemas de desidratação se mostram
ainda mais relevantes neste momento no cenário brasileiro visto o grande potencial de
aumento dos custos operacionais causados pela água no escoamento do gás natural.
A maior aplicação para equipamentos de desidratação de gás natural no mundo é
onshore, realizado em terra e principalmente nas unidades de processamento de gás
natural (UPGN’S). Essas unidades segundo a Agência Natural do Petróleo (ANP), são
responsáveis pelo processamento de todo o gás natural produzido pelas plataformas
marítimas e pelo condicionamento do mesmo para sua distribuição aos usuários finais,
porém com o objetivo de reduzir os risco potenciais causados pelo carreamento da água
na malha de distribuição do gás natural, desidrata-lo nas unidades de produção offshore
se faz necessário. Nas unidades de produção offshore o gás natural produzido se faz
necessário na geração de energia e no suporte a operação, sendo utilizado no gás-lift e
na manutenção da pressão no reservatório.
A desidratação do gás natural offshore visa a redução do custo operacional, no
qual tem como objetivo reduzir problemas relacionados a perda de produtividade
ocasionada pela formação de hidrato, que pode ocasionar o bloqueio parcial ou total de
válvulas e dutos, impactando diretamente na produtividade da plataforma, e evitar a
formação de ambiente corrosivo, fator agravados quando a água entra em contato com
gases como dióxido de carbono (CO2) e ácido sulfídrico (H2S), tornando a mistura
altamente corrosiva e gerando danos a toda cadeia de processamento e escoamento do
gás offshore,
Sendo assim, esta monografia tem como objetivo elucidar informações referentes
aos impactos causados pela água carreada no fluxo do gás natural e o funcionamento de
uma unidade de desidratação de gás natural por absorção, abordando seus principais
problemas operacionais, e a consequência de sua ineficiência para o escoamento da
produção do gás natural as UPGN’s.